Simples e essencial, igual ao que era usado antigamente pelos homens das cavernas para procuraram o alimento do dia-a-dia, o anzol atualmente disponível no mercado é na realidade o fruto de uma evolução tecnológica considerável.
Testemunho disso são não apenas os materiais de que são feitos, os respetivos formatos e dimensões, mas também as potencialidades que estão em condições de revelar. Para nos orientarmos melhor dentro da vasta gama de anzóis disponíveis no mercado vale a pena examinar as partes em que cada um se divide: a haste, a curvatura ou pescoço e a ponta.

A haste
A haste, que pode ser de secção redonda ou forjada em ambos os lados (nos anzóis indicados para a captura de grandes exemplares), termina sempre numa extremidade cuja função é assegurar a ligação à linha terminal ou a um estralho; alguns anzóis possuem essa parte terminal simplesmente retorcida (são particularmente adaptados a montagens para a pesca à truta); outros fecham-se com um olhal longo e são usados geralmente para montagens especiais ou para ligar linhas em fios de aço; outros ainda. e são a maioria, terminam com olhal do tipo pata.
Há olhais longos voltados para dentro (ideal para a conceção de moscas artificiais afundantes), outros voltados para fora (ideais para a conceção de moscas artificiais flutuantes) enquanto outros são completamente direitos (ideais para a enguia). Os olhais podem ser de pequenas médias ou grandes dimensões e possuírem formas diversas (triangulares, serrilhados, pontiagudos, furados, forma de agulha…) mas têm sempre a função de aí empatar a linha terminal perfeitamente apertada. Quanto mais pequenas as dimensões do anzol, tanto maior será a habilidade manual necessária para conceber a montagem.
A curvatura
A curvatura, que é, a bem dizer, a parte central do anzol, serve para manter ferrado o peixe depois de este ter mordido o isco; pode assumir formas diversas, dependendo não só do isco que é preciso utilizar, mas também em função do tipo de boca e de dentes do peixe, que diverge de espécie para espécie.
Pode de facto ser redonda, o mesmo é dizer quase perfeitamente semicircular, ou oblíqua, ou ainda tendencialmente quadrada, mais esticado do que em relação aos outros. Importa sublinhar que mais importante que a forma é a qualidade do material utilizado: aço temperado que deve suportar a aplicação de forças consideráveis.
A ponta
A ponta é a parte terminal do anzol, aquela que permite a ferragem; é de facto dotada de uma barbela, uma verdadeira contraponta que pode ser curva ou direita. Existem também pontas ligeiramente voltadas para traz (renversées) usadas por alguns pescadores para a captura de peixes mais desconfiados, aqueles que chupam o isco antes de o engolir.

Cores e Dimensões
Bronzeados, brancos, dourados, pequenos, quase microscópicos, grandes: existem para todos os gostos! Para identificá-los quanto às dimensões, existe uma numeração progressiva do 1 ao 24 que todavia é utilizada ao contrário. O anzol mais pequeno efetivamente o 24, enquanto o de maiores dimensões é o número 1. Os anzóis mais grossos são utilizados para iscar o peixe vivo, enquanto os mais pequenos servem para efetuar moscas artificiais. Geralmente também se recorre ao anzol de dimensões intermédias, tendo sempre presente as dimensões não só do isco mas também da amplitude da boca do peixe.
Os anzóis mais difundidos são os brancos polidos, estanhados ou prateados, curvos, com haste redonda fina, ainda que os forjados acastanhados ofereçam maiores possibilidades de escolha no que diz respeito a formatos; os anzóis azuis, vermelhos ou dourados, geralmente destinados a competição (ver de vase), são mais caros e diferenciam-se dos outros devido a serem oblongos na curvatura.